quinta-feira, 27 de maio de 2010

Dá-me a tua mão


Vem pra perto de mim, me sinto tão só últimamente... Prometo fazer por merecer.
Eu tive tanto amor um dia... arrancaram de mim. Por favor, não será nem preciso fazer uma cirurgia
para me dar teu coração. Eu quero é o teu amor.
Consigo sentir os batimentos do teu coração. Posso chamá-lo de nosso?
Me arrepiam todos os pelos do corpo só de pensar que um dia poderá ser.... Basta acreditar.
Eu te procurei por muito tempo. Em meus sonhos, em cada esquina dobrada, a cada rua cruzada,
a cada rosto mal encarado, a cada sorriso dado. Agora que te encontrei, não deixarei-te partir.
Fica mais um pouquinho... prometo que não irás te arrepender.
Posso provar que sou tua alma gêmea! Pois sou.
O tempo ao teu lado passa tão rápido. Talvez porque eu esperei a minha vida inteira por esse momento.
É como se todos esses anos, estivessem na expectativa desses segundos na tua presença.
Não quero ser muito melosa, nem te assustar, afastar. Nunca fui dessas coisas. Nunca fui do amor e nem ele meu.
Como eu sei que é você? Pois não é o modo como você sorri que toca meu coração, não é o seu olhar que reflete
no meu, amor, é você.
Eu não posso acreditar que te encontrei. Quem diria que tudo isso um dia viesse a acontecer?
Muitos duvidaram de mim. Confesso que cheguei perto de desistir, mas como podes ver, não o fiz.
Permaneci. Busquei. Encontrei.
Não! Por favor, eu vejo sua imagem se desaparecendo; Fique comigo!
Eu preciso tanto de ti... você não consegue ver?
Desculpa, acho que esqueci de me apresentar: Sou o amor da tua vida. Por isso, ordeno que fique.
Ordeno teu amor. Ordeno carinho. Ordeno tua presença ao meu lado por todos os dias que te esperei!
Mas parece que essa espera foi em vão...
Ele se manifestou. Você não pode ordenar meu amor. Acho que você está me confundido... ou talvez não.
Eu posso ser o amor da sua vida, mas, me desculpe, você não é o amor da minha.
O sentimento de angustia tomava conta daquela pobre menina.
Ela o olhou, sorriu, e ao mesmo tempo, uma lágrima caia em sua face:
Adeus, meu amor. Já que não podes ficar, me leve no teu coração.

terça-feira, 18 de maio de 2010

People always leave...


Eu já a conhecia a algum tempo. Desde que havia mudado de colégio, sabia quem aquela menina era. Alta, magra, de uma beleza estonteante, dona de um sorriso encantador e cabelos que causavam inveja a qualquer um. Nem liso, nem ondulado, um castanho que ao sol ficava em um tom meio ruivo escuro.
Dois anos depois, começamos a nos falar com mais freqüência, descobri a pessoa maravilhosa que Catharina era.
Gostava de Los Hermanos, Beatles, Johnny Deep, Little Joy, de ler, e tinha como objetivo principal passar no vestibular e cursar medicina.
Eu não era a única a acreditar no seu potencial. Ela era boa em muitas coisas. Em ouvir, em dar conselhos, boa com notas, com pessoas, sempre preocupada com as pessoas que estavam a seu redor.
Metade dela havia ficado em São Paulo, cidade de onde ela vinha. Seu pai, amigos, enfim, sua infância.
Catharina não sabia o bem que me fazia... tinha um poder sobre mim tão grande, era capaz de mudar meu estado de espírito em questão de minutos.
O que muitos não sabiam, é que eu sentia saudade de Catharina todos os dias. Mesmo a vendo diariamente, chorava de saudade.
Saudade porque não iria a ver todos os dias de minha vida. Saudade porque sabia que agora ela estaria ao meu lado, mas dentro de um ano não mais.
Quando você for se embora, me leve.
Se acaso você não possa me carregar pela mão, me leve no coração.
Se no coração não possa por acaso me levar, me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa por tanta coisa que leve já viva em seu pensamento, me leve no esquecimento.
‘’Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda.’’
O pior é quando você vê a pessoa todos os dias e sente saudade. Eu sempre tive esse problema de sofrer por antecipação. É terrível. As pessoas só vão sofrer no dia em que ela for embora, mas eu, sofro desde já. O sofrimento é muito grande, sem querer fazer drama, não preciso disso.
Catharina me ensinou muitas coisas... ensinou que não devemos confiar em qualquer um, ensinou que o amor realmente existe, pois eu a amo tanto, que só de pensar em perde-la, choro. Me ensinou a pensar mais nas conseqüências e no meu futuro. Me ensinou a ser mais responsável e mais centrada. Catharina me ensinou a viver.
As vezes a minha maior vontade era de abraçá-la. O abraço dela me confortava.
O amor dela me aquecia, amenizava meu sofrimento.
Agradeço constantemente por ter Catharina em minha vida.
Me ensinou a ver que nada é para sempre. Antes eu conhecia essa frase, mas não havia vivido de perto. Como já dizia Cássia Eller: “Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sempre acaba...”
É. Ele sempre acaba, mas o amor que levo comigo não.
Metade de Catharina havia ficado em São Paulo, e agora, a outra metade, comigo.

“Por você, eu dançaria tango no teto, eu limparia os trilhos do metrô, eu iria a pé do Rio á Salvador... Eu aceitaria a vida como ela é, viajaria a prazo pro inferno, eu tomaria banho gelado no inverno...’’

Even though we have to say goodbye
Keep me in mind... Keep me in mind.

Para: Catha.
Com amor: Fefa.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Nada é eterno, por mais que você queira que seja.



Bom, vou começar me apresentando. Meu nome é Julie e vou contar uma história para vocês.
Em minha cidade havia duas meninas chamadas Alice e Beatriz. Elas eram melhores amigas desde sempre, ou desde que eu me mudei pra São Paulo e as conheci, isso já fazem uns 5 anos.
Eram bem conhecidas, pois residiam na cidade há um bom tempo. Quando crianças, brincavam juntas, quando pré-adolescentes, fizeram descobertas, foram conhecendo pessoas, passando por diversas situações, uma sempre ajudando a outra.
Os nomes delas nem eram parecidos e muito menos a aparência, mas mesmo assim todo mundo as confundiam. Alice era loira, pele clara e olhos azuis, não muito baixa, mas nem perto de ser alta. Alice adorava escrever. Já Beatriz era morena, cabelos negros e olhos da mesma cor, baixa e magra.
Aos olhos de quem não as conheciam elas se davam muito bem, até que um dia, as conheci de verdade. Nos apresentaram em uma festa, identifiquei-me mais com Alice, apesar de as duas serem muito simpáticas. Na verdade, Beatriz era mais esnobe, isso eu já havia reparado há um tempo. Tinha uma meia dúzia de meninas bobinhas que há seguia e uns diziam que Alice era uma delas. Eu tinha lá minhas dúvidas...
Depois desse dia, passei a encontrá-las com freqüência, nessas festas da vida. Até que me mudei pro colégio delas e passei a ser bem amiga das duas. Tinha medo de virar mais uma seguidora de Beatriz, mas eu era forte. Eu sabia que isso jamais viria a acontecer, por isso andava mais com Alice, e quando eu brigava com uma, automaticamente a outra me ignorava, isso era o que mais me incomodava nisso tudo.
Mas enfim, com o tempo fui descobrindo que a amizade delas não era esse mar de rosas, não. Assim como nada nesse mundo. Em uma sexta-feira a noite, que estava chovendo, por sinal, Alice veio até minha casa para pedir ajuda. Eu já sabia de toda a situação, era perceptiva, mas me fiz de desentendida e a ajudei. Ela finalmente descobrirá que era uma seguidora de Beatriz e que gostava tanto dela a ponto de aceitar atitudes da amiga que jamais teria aceitado se não fosse tão boba, falei para Alice que ela deveria se impor mais e se não gostasse de algo, deveria dizer. Pois Beatriz jamais iria imaginar que Alice não gostava, se ela sorria pra tudo que B fazia.
Certo, Alice estava disposta a mudar. Ela começou a discordar de tudo o que achava errado, começou a dar conselhos de verdade para B e se impor. Mas, B, do seu jeito mandona e super adepta ao estilo ‘’foda-se’’ pouco se importou com a opinião da amiga. Continuou do seu jeitinho, esnobe, pouco se importando para reputação, ou coisa do tipo.
Alice gostava muito da amiga, foi deixando.... Os dias se passarão e Alice não agüentava mais. Ela realmente estava no seu limite. Chegou a ponto de não-concordar-com-mais-nada que B viera a fazer. Estava decidida. Daria um ponto final nisso tudo. Acontece que a durona da história era B, e Alice realmente iria sofrer muito com tudo isso, o que a encorajou foi saber que mais do que ela já estava sofrendo, não conseguiria. Estava literalmente em seu limite. Cansada de tudo e de todos. Lembro-me bem, como se fosse ontem, em uma tarde de terça-feira Alice falou tudo o que achava e pensava para Beatriz e claro, com cautela. Elas eram totalmente o oposto uma da outra e infelizmente, cada uma seguiu seu caminho. Ou felizmente, quem sou eu para saber? Só sei que para quem via de fora, acabava concordando mais com Alice. No começo achei que era porque meu afeto por ela era maior, mas depois vi que eu não era a única.
Poucos conheciam a história como eu, com os verdadeiros olhos da coisa. Foi aí que Alice descobriu que todos nós somos substituíveis e que nada é pra sempre. É engraçado pensar que nada é para sempre, não é? Eu vejo pela história delas, uma amizade linda, que durou o que tinha que durar e puff, acabou. Tudo na nossa vida é assim... tem um tempo determinado, digamos que tudo tenha um prazo de validade, e que quando chega perto, não adianta, a gente se esgota.
Temos que mudar de hábitos, amizades, casa, cidade, trabalho. Temos que estar sempre mudando e nos renovando e acima de tudo, tentando seguir em frente.